A direita e João Doria

Neste post sobre a vertente política de João Doria, recebi muitas críticas por, supostamente, desconhecer as ideologias políticas. Bom, isso se dá, praticamente, pela dicotomia intransponível em que a mentalidade do brasileiro está inserida. Dito d'outro modo, se você critica, logo você é contra, se elogia, logo você é a favor. Ou seja, não há escapatória. Peço encarecidamente que saiam desta prisão mental e entendam que, quando se está em busca da Verdade, não teremos "time", do ponto de vista político. Se você se intitula Conservador e segue um 'manual de instruções', saiba que você pode ser qualquer coisa, menos um Conservador. Mas falemos de João Doria.



Doria está fazendo muito pela cidade de São Paulo? Sem dúvida.
Doria é um "novo tipo de político"? Não, pois no Brasil estamos confinados a politicagem, de modo que se um político cumpre suas promessas de campanha - algo que deveria ser obrigação -, isso já nos causa espanto e empolgações gigantescas.
Doria é um Conservador? Não. Ele tem um encaixe melhor no que chamaríamos de neoliberal; mas ele próprio se declara como "social democrata", o que é, em outras palavras, um esquerdista moderado
O neoliberalismo é análogo ao conservadorismo? Apenas no que se refere ao mercado e Estado, em outras questões podem haver convergências e divergências pontuais. Se fossemos sintetizar essas diferenças de forma prática, poderíamos dizer que o conservador ira abolir a parada gay definitivamente por questões morais, já o neoliberal, ou como neste caso, o social-democrata, iria "enxugar" os gastos públicos deste evento e buscaria patrocínio da iniciativa privada tendo como medida de aferição a economia.
O conservador não pode ter tendencias partidárias nem político de estimação, sua única base é a Verdade; se algum político  fizer a coisa certa, terá nosso elogio, se fizer a coisa errada, terá nossa crítica. Não podemos ter "a priori", analisamos tudo com prudência para que nossa análise e informação seja a mais adequada possível.

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